terça-feira, 19 de abril de 2011


O que me intriga é não saber os motivos que levam alguém a nos ferir; O que me intriga é não entender porque nossos sentimentos não estão de acordo com nossas vontades. É inacreditável saber que alguém invadiu uma escola e matou aleatoriamente crianças e nos deixou com sentimentos que denomino como desespero, angustia, medo e de dor. Mas eu compreendi com esse fato, que as pessoas tem o poder de interferir na vida alheia e muda-las completamente. Porém, cabe a nós, (que ainda estamos vivos) dosar o que realmente pode ser mudado com a chegada de alguém em nossas vidas. Eu não sei o que dizer e nem como explicar, mas eu sinto que as pessoas podem nos mudar de tal forma, que sofrer acaba sendo normal. Mas eu me pergunto, você está permitindo que as pessoas mudem sua vida e com isso não consegue se encontrar? Por favor, eu só te peço que você comece a refletir na sua historia e se você está existindo ou simplesmente vivendo, porque o viver se dá ao simples fato de você respirar; Mas o existir, se dá ao fato de você poder sentir. Então sinta, viva, e acima de tudo sorria, embora seu coração esteja doendo.

sábado, 2 de abril de 2011

Fato:

Porque tudo são fatos, só eles existem, mas isso é outra história; uma história jamais fica suspensa: ela se consuma no que se interrompe, ela é cheia de pontos finais internos, o que a gente imagina que poderia ser talvez uma continuação às vezes não passa de um novo capítulo, eventualmente conservando os mesmos personagens do anterior, mas seguindo uma ordem cujas regras nos são ilusioriamente ás vezes familiares? ou internamente aleatórias? Isso eu não sei, mas a verdade é que chega-se sempre longe demais quando não se quer Ir Direto Aos Fatos, e o problema de Ir Direto Aos Fatos é que não há cir-cun-ló-qui-os então, e a maioria das vezes a graça reside justamente nesses Vazios Vultuosos Virtuosos, digamos assim: que nao haja beleza aos fatos desde que vá direto a eles? Ou que não exista mistérios, que haja insuportavelmente dispensável gostar dos tais circunlóquios. Ultrapasse-os, ordeno. Acontece que. Não, nada acontece, mas por favor, não falemos disso agora.

.Caio Fernando Abreu