sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Observar, mudar.


Estava ali, sentada naquele mesmo lugar, no horário de costume; Mas decidi, naquele momento, observar as coisas ao invés de me lamentar por tudo. Observei um grupo de amigos conversando, um casal de idosos tomando um sorvete, pessoas com pressa falando ao telefone, e uma criança. Algo me prendeu e me fez continuar a observa-la. Ela estava parada debaixo de uma imensa árvore. Gostaria de saber o que estava se passando na mente daquela pequenina naquele momento, mas confesso que não consegui pensar em nada. Acredito que não compreendi o que ela realmente estava pensando porque eu não observei aquela árvore de outra perspectiva; Naquele momento, apenas pensei em uma árvore qualquer, e não imaginei que poderia haver um ninho de passarinho, flores, frutos entre outras coisas. O que eu quero realmente dizer é que se não observarmos as coisas de outras maneiras, jamais poderemos descobrir possibilidades diferentes, e assim manteremos o conceito de normalidade. As vezes me pergunto o que nos leva a escolher uma vida normal; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

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